Você sabia que nem todo mundo enxerga o mundo com as mesmas cores? Você ou alguém que conhece tem dificuldade para enxergar ou diferenciar cores?
Para entendermos o que é daltonismo, precisamos saber primeiro como funciona a nossa visão. A luz entra por nossos olhos e depois de atravessar algumas estruturas, chega ao fundo do olho, na retina. Possuímos diversas células diferentes em nossa retina, entre elas temos as que são sensíveis à luz, chamadas de fotorreceptoras. Essas células captam a luz e transformam essa informação em impulsos nervosos e são enviadas até o cérebro através dos nervos.
Uma parte desses fotorreceptores da nossa retina, é responsável por diferenciar as cores, que são os cones. Existem três classes de cones: vermelhos, verdes e azuis. Dependendo de como eles identificam a luz e de como eles combinam essas informações no cérebro, acabam definindo as cores que somos capazes de enxergar. Se você não tem algum desses cones ou por algum motivo eles não estão funcionando bem, você terá dificuldade para enxergar cores, o daltonismo.
Pessoas com daltonismo têm dificuldades em diferenciar algumas cores, como o vermelho, o verde e, raramente, o azul. Nos casos de daltonismo leve, a pessoa consegue identificar as cores se houver boa luminosidade. No entanto, em ambientes com pouca luz, pode ser mais difícil.
Nos casos mais graves, a pessoa não consegue enxergar nenhuma cor, mas essa é uma condição muito rara, a acromatopsia. Saiba que, de forma geral, o daltonismo não causa uma perda visual incapacitante.
Tenho risco de ter essa doença ?
A causa mais conhecida para esse problema é a genética, ou seja, a pessoa já nasce com esse problema, nesses casos, a doença ocorre de forma igual nos dois olhos e permanece estável ao longo da vida. Pode ser também adquirida, por conta do uso de algumas medicações, como a cloroquina, ou por conta do avanço de algumas doenças, como o glaucoma ou diabetes, começa a aparecer essa dificuldade. Essa perda geralmente está associada a lesões na retina, onde ficam os fotorreceptores, ou então por lesão no nervo ótico, que é a primeira via por onde a informação é transmitida ao cérebro.
Normalmente, o diagnóstico é feito de maneira simples e acessível, através das placas de cores de Ishihara, que consiste em imagens com vários pontos coloridos em que o objetivo é identificar números ou letras em cores diferentes do padrão. Pessoas com daltonismo têm dificuldades para identificar esses números ou letras presentes no teste.
Tratamento
Quando a causa é genética, não existe nenhum tratamento específico, mas existem óculos e lentes de contato que podem tentar realçar a percepção das cores. Boa parte das pessoas convive bem com o daltonismo, sem comprometimento das atividades.
Já por perda da percepção das cores de forma adquirida, o tratamento consiste no controle da doença que está causando o problema, como a diabetes e o glaucoma, citados anteriormente.
Se você apresentar alguma mudança na percepção de cores em algum momento, fique atento e procure atendimento com um médico oftalmologista, pois isso pode ser um sintoma de algumas doenças oftalmológicas mais sérias e que precisam de um tratamento mais específico.
Para mais informações, assista ao vídeo no canal Doutor Ajuda.
Fonte: Brasil61