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CNI: Fontes renováveis reduzem custos com energia em até 95%

Empresas que investem em energia renovável podem reduzir os gastos com energia elétrica em até 95%. É o que aponta a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Atualmente, existem mais de cem linhas de financiamento para projetos com energias renováveis. Há opções em bancos públicos, privados, cooperativas de crédito e fintechs – empresas que desenvolvem produtos financeiros de forma totalmente digital.

Entre as alternativas, há crédito com taxas de juros que começam em 0,74% ao mês, carência de três meses e prazos que chegam a até 10 anos. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), o financiamento para a adoção da energia solar fotovoltaica por micro, pequenas e médias empresas está em franca expansão, pois já está mais barato gerar a própria energia do que comprá-la de concessionárias, como explica a vice-presidente da Absolar, Bárbara Rubim.

“A energia solar ajuda a reduzir a conta de luz de todos os brasileiros não só por ser uma fonte barata, mas também por ajudar a aliviar as redes de distribuição, transmissão e a reduzir as perdas no setor elétrico. […] A estimativa que nós fazemos é que, até 2031, a energia solar fotovoltaica vai ajudar a reduzir os custos com energia para todos os brasileiros em até 5,6%”, afirma a vice-presidente da Absolar.

Entre as opções de crédito para projetos com energias renováveis no Brasil estão o Fundo Clima e a Crédito ASG, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES); FNE Verde e FNE Sol, do Banco do Nordeste; Financiamento ESG Ecoeficiência, da Caixa Econômica Federal; e Agro Energia, do Banco do Brasil.

Outras modalidades de energia renovável

No entanto, segundo a CNI, as empresas também podem reduzir o custo da energia elétrica produzindo eletricidade por meio dos restos de insumos, como é o caso das indústrias de fertilizantes. Outras formas de geração de energia são a biomassa (produzida a partir de materiais orgânicos), eólica e hídrica.

Entre os benefícios da adoção de energias renováveis estão o baixo impacto ambiental, a proteção contra o reajuste anual das contas de energia e mudanças de tarifa, e a transformação da conta de energia em investimento, com a possibilidade de ter, em média, 15 anos sem custo de energia.

A CNI, por meio do Núcleo de Acesso ao Crédito (NAC), realiza a orientação dos empresários industriais sobre as linhas de crédito disponíveis no mercado. Esse guia dá suporte com informações sobre documentação, taxas de juros, garantias, número de parcelas, itens financiáveis, entre outras explicações.

Novo marco do setor elétrico

Atualmente, escolher de quem comprar a energia não é permitido para pequenos consumidores. Mas, tramita no Congresso Nacional, um projeto de lei (PL 414/2021) que prevê que todos os consumidores de eletricidade possam escolher de quem comprar a energia elétrica. A Sondagem Especial Indústria e Energia, também realizada pela Confederação Nacional da Indústria, aponta que 56% das indústrias que operam no mercado cativo têm interesse em migrar para o mercado livre de energia a partir de 2024.

Atualmente, pouco mais de 10 mil empresas do setor industrial operam nesse modelo de energia. O mercado cativo de energia é compreendido como aquele em que a energia é comprada junto às concessionárias locais. Já o mercado livre de energia, é o modelo em que os consumidores maiores de energia, como as indústrias, negociam diretamente com as empresas geradoras ou distribuidoras de energia. Uma das vantagens do mercado livre é o baixo custo.

O novo marco do setor elétrico tem como objetivo expandir a possibilidade de escolha para o consumidor comum, sem levar em consideração a carga e tensão utilizadas, o que possibilita a concorrência e reduz o custo da energia. O deputado federal Domingos Sávio (PL-MG), favorável à aprovação da proposta, diz que a medida é um passo importante para estabelecer mais liberdade para o consumidor.

“Não podemos ficar mantendo um mercado cativo para grandes concessões, para grandes grupos que acabam impondo para o consumidor um preço, e o consumidor não tem liberdade de mercado de alguém que lhe ofereça um preço melhor”, pontua o parlamentar.

O PL 414/2021 já foi aprovado no Senado e está em tramitação na Câmara dos Deputados, onde aguarda criação de comissão temporária para discutir a proposta.

Fonte: Brasil61

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