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Forno para níquel viaja 18 mil km até o destino

A Horizonte Minerals recebeu, na segunda quinzena de junho, equipamentos que saíram da China, como fornos rotativos calcinador e secador, para obras do Projeto Araguaia, em Conceição do Araguaia (PA). Após um processo de engenharia e construção de dez meses nas fábricas da FLSmidth, os equipamentos fizeram viagem de 135 dias até a fábrica, em território paraense.

A carga percorreu, por mar, rios e rodovias, aproximadamente 18 mil km entre os portos chineses de Taicang e Shangai até o destino final, mobilizando uma grande quantidade de pessoas. Os fornos são fundamentais para o avanço e conclusão das obras do Projeto Araguaia, que está em construção no município do Sudeste paraense. Após o desembarque no Porto de Outeiro, as peças foram transportadas por meio de balsas até Araguatins, no Tocantins, passando pela Eclusa de Tucuruí, no Pará. Após o transporte de balsas, as peças passaram por estradas municipais, federais e pela PA-287, que dá acesso a Conceição do Araguaia. Já no município, o percurso para chegar à área do Projeto Araguaia foi feito pela PA-449 e rodovias municipais.

A operação foi executada pela empresa Trans Global Project (TGP Brasil), especializada em logística e transporte e mobilizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), o Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN) e equipes de apoio para intervenções na rede elétrica e telefônica ao longo do percurso. As rotas para esse transporte foram rigorosamente planejadas devido às dimensões da carga. Em Conceição do Araguaia, a movimentação foi realizada em horários de menor fluxo de veículos e de pessoas para evitar alterações no tráfego local. “Os desafios para uma operação como essa são grandes, mas o principal é a garantia da segurança das cargas e das pessoas envolvidas em todo o transporte”, ressaltou o diretor de Projetos, Leonardo Vianna.

As peças foram transportadas com as devidas licenças legais, emitidas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (SEMAS), incluindo Autorização Especial de Trânsito (AET). O forno rotativo calcinador, que tem 110 metros de comprimento e 5,5 metros de diâmetro, é revestido com refratários para calcinar o minério de níquel que será extraído no Projeto Araguaia. No equipamento, junto com carvão, o minério é calcinado em uma temperatura entre 800 e 900 graus Celsius com o objetivo de reduzir significantemente a umidade do minério e iniciar as reações de pré-redução do ferroníquel. O forno tem capacidade projetada de produzir 118 toneladas por hora de calcinado. Outro grande equipamento transportado foi o secador, projetado para diminuir parcialmente a umidade do minério laterítico em até 18%. A peça possui 42 metros de comprimento e 5 metros de diâmetro. O equipamento funciona mediante o transporte do minério úmido para o silo de alimentação do secador, onde o gás de exaustão se mistura com o ar e fornece o fluxo de gás quente em temperatura constante para realizar a secagem.

Diagnóstico socioprodutivo de comunidades

A Horizonte Minerals assinou convênio com a Empresa de Assistência Técnica Rural do Estado do Pará (EMATER) para realizar diagnóstico socioprodutivo em comunidades próximas ao projeto Vermelho, em Canaã dos Carajás (PA). Com o trabalho conjunto, a Horizonte pretende investir e impactar aproximadamente 300 famílias com posse rural nas proximidades do Projeto Vermelho de Níquel e Cobalto.

A diretora de ESG da Horizonte Minerals, Flávia Veronese, diz ser essencial o estudo com a EMATER na fase preliminar do Projeto Vermelho para que a companhia possa desenvolver uma parceria de longo prazo com a comunidade. “Esse acordo de cooperação pretende contribuir com o desenvolvimento social e econômico dos moradores, fortalecendo a produção rural local”. Para o gerente de Relacionamento com a Comunidade, Nildo Frasão, “a parceria é fundamental para conhecer com profundidade as necessidades das comunidades próximas ao Projeto Vermelho”. “Este diagnóstico vai ajudar na adoção de ações que melhorem a produtividade desses produtores rurais, direcionando o trabalho para as vocações produtivas da região, sempre com respeito ao meio ambiente e às vocações dos comunitários”, afirma.

Além dos representantes da Horizonte Minerals, a assinatura do convênio contou com a participação do diretor técnico da EMATER em Canaã dos Carajás, Rosival Posedônio, do supervisor Regional da autarquia, Fernando Augusto Figueiredo Araújo e do Coordenador do escritório de Canaã, Mateus Sousa, além de profissionais que serão responsáveis pelo diagnóstico.

Fonte: Brasil61

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