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Oferta personalizada de cursos é desafio para alavancar educação profissional

Fortalecer a oferta de cursos personalizados e demandas baseadas na necessidade do mercado de trabalho é um dos principais desafios da educação profissional e tecnológica. A avaliação é da doutora em Educação Caetana Juracy Rezende Silva, que reforça a necessidade de se “pensar nos desafios dessa modalidade”.

“Se a gente pensar que há grandes transformações nas atividades laborais, pela mecanização, pela automação, pela inteligência artificial e tantas outras questões, a gente tem uma mudança profunda nesse mundo que envolve as relações de trabalho. Então, esses desafios estão colocados para educação profissional também”, aponta.

Dados do relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicam que a implantação desse modelo educacional no Brasil passa desde a redução de taxas de evasão até o aumento de matrículas. Fatores que exigem, segundo a especialista, planejamento, infraestrutura e investimentos.

“Além disso, é preciso pensar em um bom projeto pedagógico, tem que ter professores bem capacitados, boas formações e cursos adequados para a formação desses professores. A gente precisa de laboratórios. Fazer educação profissional requer infraestrutura. E mais que isso, eu traria alguns desafios conceituais, porque a gente precisa pensar no papel da ciência e da tecnologia”, complementa.

A agenda estratégica do Ministério da Educação voltada para educação profissional e técnica tem como pilares fortalecer o planejamento, a gestão e a governança; expandir a oferta de vagas e promover vínculos entre educação, emprego e desenvolvimento local por meio da inovação e do empreendedorismo.

Em consonância com os objetivos do MEC, o Senado analisa a criação da Frente Parlamentar em Favor da Educação Profissional e Tecnológica. Para o senador Paulo Paim (PT-RS), investir no setor é fundamental para o desenvolvimento do país.

“Esse é o caminho mais objetivo para inserirmos profissionais qualificados no mercado de trabalho. Em 2020, por exemplo, a lei orçamentária anual destinou apenas R$ 3 bilhões para a educação profissional e tecnológica. É muito pouco. É urgente maior rapidez e agilidade na adequação das políticas de formulação de recursos humanos como resposta às mudanças decorrentes da reestruturação produtiva e das novas formas de relação do outro trabalho”, cobrou o parlamentar.

A Comissão Diretora do Senado já aprovou o requerimento do Projeto de Resolução 31/2023, que cria o colegiado e solicitou urgência para a apreciação da matéria.

Fonte: Brasil61

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