A Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio do por meio do Grupo Especial de Repressão a Crimes contra o Patrimônio (Gepatri) de Goianésia, cumpriu, na manhã deste domingo (23/10), mandados de prisão preventiva e busca e apreensão expedidos em desfavor de uma mulher, 37 anos, investigada pela prática dos crimes de estelionatos e falsificação de documento. As investigações iniciaram no dia 18 de outubro deste ano, após duas pessoas procurarem a Polícia Civil e noticiarem os fatos. Segundo as investigações, em meados de março deste ano, a investigada procurou as vítimas e disse que passou em um concurso público de nível nacional que lhe concedeu o direito de prestar serviços para empresas privadas. No intuito de ludibriar as vítimas, a técnica de enfermagem apresentou um contrato celebrado com uma empresa multinacional para prestação de serviços na área da saúde do trabalho. O contrato anual ultrapassaria R$ 4 milhões de reais.
Na ocasião, a investigada informou que seria necessário a abertura de uma empresa para prestar os serviços, de um capital de abertura e de giro. Informou às vítimas que não possuía o dinheiro, bem como que estaria com leucemia e lhes propôs que, após a formalização do contrato junto à empresa, ela as contraria, pagando a quantia de R$ 5 mil e R$ 10 mil. As vítimas, então, se propuseram a ajudar a investigada, a fim de garantir a formalização do contrato, e repassaram o dinheiro solicitado.
No decorrer das investigações, constatou-se que para dar credibilidade ao esquema criminoso, a investigada criou um grupo de What’sApp com os supostos colaboradores da empresa, entre eles médicos, técnicos de enfermagem, técnicos em segurança do trabalho, entre outros profissionais. Contudo, restou esclarecido que alguns dos integrantes do grupo não existiam, sendo que a investigada se passava por eles. Informaram também, que no decorrer dos fatos, a investigada emitiu passaporte, alegando ser necessário realizar treinamento no Canadá, que ocorreria, em tese, no dia 24 deste mês. Em virtude de demora na formalização do contrato, as vítimas decidiram procurar a mineradora multinacional, ocasião em que descobriram que a proposta de trabalho jamais existiu e que o contrato apresentado era fraudulento.
Assim , diante da gravidade dos fatos, a Polícia Civil representou pela decretação de algumas medidas cautelares, dentre elas prisão preventiva e busca e apreensão, que foram deferidas pelo Poder Judiciário. A Polícia Civil apreendeu 03 aparelhos celulares em poder da investigada, notebooks, pendrives, chips telefônicos, contrato com a empresa multinacional, diversos receituários de controle especial, entre outros documentos. A análise do material apreendido possibilitará verificar se há outras pessoas envolvidas no esquema fraudulento, identificar mais vítimas e outros crimes conexos. O prejuízo financeiro às vítimas ultrapassou R$ 37 mil. A investigada poderá responder pelo crime de estelionato e falsidade de documento particular, pena 01 a 05 anos para cada crime. Ela foi encaminhada ao Presídio Regional Feminino, localizado em Barro Alto.
Fonte: PCGO